Para título deste “post”, escolhi palavras derivadas de um provérbio muito antigo: “Recordar é viver” que, embora possa parecer um chavão ou frase feita, tem no seu conceito um amplo sentido de verdade, pois é bem sabido por todos que uma pessoa que não tenha memórias ou recordações da sua vida passada, não tem uma vida plena e será quase como se estivesse fora do ambiente dos vivos, para não dizer , morta. É uma garantia de boa saúde mental uma pessoa ter recordações do seu passado, sejam boas ou más, uma vez que a vida é composta por toda a espécie de recordações ou lembranças. Assim e dando provas de que ainda estou vivo e de que por cá ainda estou, vou inserir neste “post” uma primeira imagem evocativa, não só para mim, mas também para outras pessoas, de ocorrências passadas já há uns bons 43 anos, enquanto estávamos em missão de “soberania” no Pangamongo, enclave de Cabinda, Angola.
Na imagem:(?),Botelho,Furs.Fernandes e de TRMS. |
Na imagem aparecem várias pessoas, que são, a contar da esquerda para a direita, um furriel, de quem já não lembro o nome, a olhar para a câmara; em segundo lugar, estou eu a fechar os olhos por causa do”flash”. A seguir, meio escondido, encontra-se o Fur.Vagomestre Fernandes e, por fim meio de lado, encontra-se o Fur. de TRMS. Tínhamos estado a jantar e tínhamos acabado de tomar o nosso café e estávamos na conversa a fazer tempo para irmos para os nossos quartos, ouvir as notícias da rádio, pois a televisão ainda não existia, ler alguma coisa e depois, ir para a cama para dormir, até à manhã do dia seguinte.
Junto ao heli da Madeireira Jomar |
Em seguida, tendo rebuscado nos meus ficheiros de imagens, fui encontrar uma outra foto, em que figura a minha pessoa, junto a um helicóptero da Companhia Madeireira “JOMAR”, sedeada em Cabinda, que explorava as madeiras da floresta do Maiombe e era a proprietária das instalações que nos serviam de Quartel. O edifício que está ao centro da foto era a Capela-Escola, pois servia para que se fizessem ali os serviços religiosos e escolares, na mesma casa, mas em salas separadas. Como se pode ver, é um edifício construído em madeira e que, certamente, já hoje não existirá, pois deve ter sido destruído pelos ML, a quando da independência de Angola e, se não foram eles, terá sido destruído pela salalé ou formiga branca .
Prosseguindo com a minha pesquisa no meu acervo fotográfico, fui encontrar uma outra imagem que representa a Sé Catedral de Cabinda. Isto faz-me recordar o bispo auxiliar de Luanda, D.André Muaca que era natural de Cabinda e que foi o primeiro bispo católico autóctone em Portugal e Angola. Estou também a recordar-me de uma passagem que fez no Pangamongo, transportado num dos camiões do MVL, para fazer visita pastoral à regiões norte e nordeste de Cabinda. Era um simpático velhote, aparentando os seus sessenta anos avançados, mas dotado de bastante vitalidade e vivacidade. Finalmente, após mais algumas pesquisas nos meus arquivos, fui encontrar mais uma imagem que anexo .
Em baixo: Fur.Antunes;de pé Fur.Pais da Costa, Botelho e Furs.Bogalho,Fernandes, Murta e Gonçalves |