Pois é assim, tal como digo no título deste "post"!... Estou aqui de novo a reatar o meu desfile de recordações de Cabinda,a terra "fiote" como se dizia naquele tempo. E, para fazer correr o manancial de memórias, nada melhor do que recorrer às imagens fotográficas que são excelentes meios de favorecer o ressurgimento de factos já há muitos anos ocorridos. As imagens de que me vou socorrer como "muleta", foram captadas entre os anos 68/70 do extinto século XX e já têm garantida uma existência de 42 a 44 anos que, na verdade, representam uma vida entre tantas que não tiveram uma duração tão longa. Recorri então aos meus ficheiros e seleccionei algumas imagens para ilustrarem esta postagem.
Na Messe, no fim do Almoço |
Assim, em primeiro lugar, escolhi esta foto que evoca o fim de um almoço na nossa Messe, em que figuro eu, a seguir e voltado de costas, encontra-se o Fur.Milº. Enfº., Pais da Costa. Ao seu lado e perfeitamente visível, encontra-se o Fur. Milº.de Trms e, finalmente, escondido atrás e pouco visível, encontra-se, se não estou em erro, o Fur. Milº. Luís Murta, pois era um dos elementos que ocupava naquela mesa e aquele mesmo lugar, quando se encontrava na sede da CArt 2396, uma vez que era um Fur.Atirador, operacional, sendo algumas vezes desviado para destacamentos, com o seu GC, para outras zonas de Cabinda.
Raposa voadora |
Para variar o tema das fotos, encontrei , bastante a propósito, a imagem que anexo a seguir e representa um animal que nunca vi noutros locais em Angola, senão em Cabinda. É muito parecido, no aspecto geral, com o morcego europeu, com a diferença no formato do focinho, cor da pelagem e no tamanho, evidentemente. Enquanto aquele tem mais o aspecto de um murganho sem cauda e alado, com uma envergadura alar de pouco mais de 10cm, este, ou melhor, esta a que chamam raposa voadora, tem um focinho muito parecido com uma raposa e uma envergadura alar de 1,m45. Embora tenha o nome cientifico de “Vampyrus”, não é hematófaga, conforme mito criado e alimenta-se unicamente de frutos e de néctar das flores, desempenhando uma útil função de polinização nas plantas frutíferas e na propagação de muitas outras plantas de cujos frutos se alimenta e em que as sementes desses frutos têem de passar pelo trato digestivo daqueles animais para nascerem novas plantas. São caçados algumas vezes pelos nativos, para serem usados na alimentação e estão em risco de extinção, enbora sejam animais protegidos pela legislação nacional e internacional. São animais mansos e não fogem das pessoas, mas podem transmitir a raiva.
Repuxo e lago com nenúfares junto à Messe de Of.e Sargentos |
Prosseguindo na minha pesquisa de imagens, encontrei a que a seguir anexo e que representa o lago que existia junto à Messe de Oficiais e Sargentos, que tinha plantas de nenúfar na sua água e uma peanha central de cimento,encimada pela figura de um peixe, de cuja boca saia um repuxo. Dava uma agradável sensação, estar nas horas de silêncio da noite, a ouvir o murmúrio da água a cair no lago e a ouvirmos rádio em surdina, para não incomodar as pessoas que estavam a descansar.
Finalmente, aqui vai a ultima imagem seleccionada para hoje. Estou eu, a jantar no restaurante da Tila, que servia os camionistas da Madeireira. Ainda me lembro como se fosse hoje do que lá fui comer: um valente bife, com um ovo estrelado, azeitonas pretas e batatas cozidas e, para beber, uma garrafa de 7,5 dl de vinho verde branco Casal Mendes e foi porque não havia Casal Garcia, que era o meu preferido. E ia embora a garrafinha inteira!...Hoje já não faço aquelas aventuras e limito-me ao uso da Coca Light . Este está a atingir a minha tabela e, por isso, vou encerrá-lo, enviando cordiais saudações a todos os elementos da CArt 2396, da CArt 785/BArt 786 e da CArt 3514 e bem assim aos eventuais visitantes deste Blogue, onde quer que se encontrem. Para todos um até breve e um abraço do Camarada e Amigo,
Botelho