Vou prosseguir com a recordação de alguns eventos ocorridos durante a minha permanência na CArt 2396, que se encontrava, como já disse em anteriores”posts”, aquartelada no Acampamento da Companhia de Celulose de Cabinda, situado na localidade chamada Pangamongo, junto à República Democrática do Congo, separada desta por uns modestos vinte a vinte e cinco metros, largura do rio Chiloango, que servia de fronteira natural entre os dois territórios. E, para iniciar este “post”, cá estou de novo a recorrer à indispensável “muleta” das imagens para conseguir compor o texto que quero apresentar. Desta vez, a imagem a que recorri, foi captada numa comemoração de um aniversário, mas não me recordo de quem.
Da esqª.para a direita:Furs.Neto e Runa,1º.Cabo Rodrigues e 2º.Sarg.Botelho |
Deve ter sido talvez do Comandante da Companhia ou de um qualquer seu familiar, uma vez que foi servida a refeição no Refeitório das Praças e foi, de facto uma comemoração em grande, pois estiveram na mesma todos os elementos presentes na ocasião que devia ser pouco mais de um GC. Na foto em questão, estão presentes eu, a seguir o Fur.Mec. Auto Runa e o Fur. At. Neto. O militar que está a servir à mesa é o 1º.Cabo Rodrigues que era um dos moços que serviam às mesas da Messe de Of. e Sarg.. Há um quinto elemento que está escondido no primeiro plano da foto e que não é possível reconhecer.
Espectáculo de ilusionismo |
Seguidamente, vou anexar outra foto, que representa um espectáculo de variedades que foi apresentado aos militares da Companhia, e que era protagonizado pelos artistas em palco e que eram um ilusionista, cuja assistente está a seu lado e que era ao mesmo tempo cancionista no espectáculo. Destes dois artistas um era português e a “partenaire” era espanhola. Do elenco, fazia ainda parte o cançonetista português Luís Piçarra que, na altura, já estava a ficar um tanto ou quanto velhote, mas ainda tinha o seu conhecido timbre de voz bem afinado. Era feito um preço bastante acessível para toda a gente poder assistir aos espectáculos.
Para variar o tema, vou apresentar uma imagem que representa uma das plantas que, embora não fosse das mais importantes na agricultura de Cabinda, pois estas eram os cafeeiros, tinham mesmo assim grande utilidade na torrefacção local do café, a cujos grãos se misturavam alguns grãos de cacau que eram torrados em simultâneo com o café e depois moídos, o que dava ao produto final um típico sabor que só nos Cafés de Cabinda se encontrava. E na verdade era um dos orgulhos de Cabinda o uso do seu lote especial de café, torrado localmente.
Por fim e para terminar, apresento uma ultima imagem de uma vista parcial de Cabinda, vendo-se no extremo direito parte do edifício do Rádio Clube de Cabinda, seguindo-se, em segundo plano, alguns prédios de andares. Ao centro e em último plano, encontra-se a Sé Episcopal de Cabinda e no extremo esquerdo mais alguns prédios de andares. Ao longo do primeiro plano, nota-se a existência de uma estrada asfaltada que dava para a entrada ou saída da cidade, sendo a artéria principal para o acesso ou saída da mesma. Estou a ver que tenho de encerrar este “post” e faço-o, apresentando cordiais saudações a todos os elementos da CArt 2396, da CArts 785 e 3514 e familiares, assim como a todos os visitantes deste Blogue, onde quer que se encontrem. Para todos vai um abraço do Camarada e Amigo,
Octávio Botelho