Devido a uma avaria do meu PC, estive impedido de aceder à Net, correio eletrónico e aos blogues(o meu e àqueles em que colaboro) e não pude lançar este “post” nestas Crónicas de Angola, no passado dia 30 de Janeiro. Ontem foi-me entregue o meu PC já reparado e hoje resolvi por em dia o meu trabalho atrasado. Repetindo o que já disse dantes, a minha missão na CArt 3514, não se presta a que tenha grandes episódios de aventuras operacionais para relatar, pois ela era única e exclusivamente administrativa e não me dava nem dá assunto que tenha interesse. Apenas posso relembrar alguns episódios que me chegaram ao conhecimento, através de algumas fotos que documentavam a ocorrência da morte de um leão que fora apanhado com uma armadilha pirotécnica(granada de mão), num dos Destacamentos da Companhia pois que andava a rondar na procura de caça de alguns “cachorros mascotes” que lá andavam ou (quem sabe?!...) se de outra caça mais seleta…Essa foto andou a circular lá no Nengo e é muito provável que esteja incluída no Blogue da CArt 3514 e, por isso, não a vou incluir aqui. Na minha imaginação, estou a ver a defunto animal, não como está na tal imagem, mas com a majestade que lhe é própria e está documentada na foto que aqui e a seguir vou anexar, não como crítica.
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Continuando a relembrar factos ocorridos naquela altura é um facto incontroverso que, quando há um tão elevado aglomerado de pessoas, ocorrem os aniversários dessas mesmas pessoas e que, não obstante estarem fora dos seus familiares, celebravam os seus aniversários com os escassos meios que tinham à sua disposição, sendo esses eventos um escape para melhor suportarem as ausências dos seus familiares e amigos. Sucedia frequentemente serem vários no mesmo dia e assim juntavam-se aos grupos para celebrarem os seus aniversários. Anexo a seguir uma foto em que se encontram como figurantes alguns elementos da CArt.
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Leão em contra-luz sobre o poente |
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Recordo agora os deslumbrantes pores-do-sol que se podiam observar, em especial na época do cacimbo ou das secas, uma vez que eram mais raros na das chuvas. Os pássaros e aves diurnas, nesta hora, num total silêncio e em bandos, procuravam os seus abrigos para pernoitarem. Uma vez completo o ocaso e quando as trevas começavam a invadir o ambiente, começava a ouvir-se o conserto cacofónico das aves noturnas que se prolongava por toda a noite, só parando ao romper da alba, com os cantos das aves diurnas, mais harmónico que o das noturnas. A seguir insiro uma imagem dum desses poentes angolanos afogueados, mas anunciadores de uma paz que, na realidade e infelizmente, ali não existia, pelo menos naquela altura.
Nunes e Guerra, Carrusca, Botelho, Parreira, Costa e Silva, Carvalho, Soares, Parreirinha, Pereirinha e Pais, em cima Duarte, Cardoso da Silva, Diogo e Marques |
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Por-do-sol em Angola |
Este “post” já atingiu os limites a que me propus e vou, por isso, encerrá-lo, enviando cordiais saudações a todos os elementos da CArt 3514, da CArt 785/BArt786 e CArt 2396/BArt 2849 e familiares, assim como a todos os eventuais visitantes deste Blogue onde quer que se encontrem. Para todos vai um abraço do Camarada e Amigo,
Botelho