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Aniversário do Fur.Trms. Matos |
Ambiente alegre e descontraído que até se tem quase a impressão de que se não está numa zona de guerra e mal de nós, combatentes se não existissem estes oásis, que nos davam a ilusão de que a guerra estava nos nossos antípodas e não às portas do quintal, como é costume dizer-se. A verdade é que havia essa descontracção porque estavam garantidas as necessárias medidas de segurança, pois se assim não fosse poderiam considerar-nos e com razão, loucos varridos.
Passagem do Ano de 1969 |
A imagem a que vou recorrer em seguida como auxiliar de memória é a que documenta a da passagem de Ano de 1969. Há pessoas civis e militares da Companhia e outros de outras Companhias. Assim, a começar pela esquerda, está uma senhora que deve ser filha de um dos funcionários da Madeireira, seguindo-se o Capelão do BArt 2849, Pe. Diamantino.Em seguida,encontra-se o médico da CArt 2396, de que não recordo o nome. Seguem-se-lhe os Furriéis Antunes e Bogalho. O indivíduo que está de olhos fechados, é-me completamente desconhecido, assim como aquele meio escondido a seguir. No primeiro plano , a começar pela esquerda, está um alferes que desconheço, estando eu logo a seguir. Nota-se que não há a alegria que se evidenciava na primeira imagem, uma vez que as pessoas, naturalmente e dadas as circunstâncias de se tratar de uma passagem de Ano, estarem, certamente, a pensar nos seus familiares e noutras festas idênticas, mas com mais alegria. Pois, como é evidente, nota-se que não existe nesta a alegria e expontaneidade que se verificava na foto anterior, pois, de um modo geral, as pessoas apresentam um aspecto sorumbático e manifestando que não se encontram nos lugares em que desejavam estar. Passando agora para outro tema, vou mostrar agora um outro aspecto do ambiente de guerra.
Mascotes dos Faxinas da Messe |
Este liga-se com os animais de estimação, pois à falta de a quem dar atenção e carinho, as pessoas dedicam-se de forma admirável a dar atenção aos animais, quer sejam cães, gatos, macacos e até ratos de laboratório(ratos brancos). Assim, os cozinheiros e serventes da nossa Messe, tinham também os seus animais de estimação de que cuidavam com muito amor e carinho. Tínhamos, na nossa Messe dois animais muito estimados: Um gato, que tinha a particularidade de ser integralmente branco e ainda a raridade de ter os olhos com duas cores: um verde e outro vermelho. Chamavam-lhe “Negus”. Tinha uma companheira, uma cadela, mestiça de rafeiro e pastor alemão. De rafeiro, tinha o tamanho e corpo. De pastor alemão, tinha a pelagem e respectiva cor. Mas, naquele lugar, conviviam os dois e estavam sempre na brincadeira, dando aos humanos um exemplo de convivência pacífica a amigável entre animais que, de seu natural, são antagonistas e, portanto, inimigos inconciliáveis, salvo muito raras excepções, o que era amplamente ilustrado pelas mascotes da Messe de Oficiais e Sargentos do Pagamongo.Este já está a ficar um pouco longo, pelo que vou terminá-lo, enviando cordiais saudações para todos os elementos da CArt 2396 e para todos os que se derem à paciência de ler, assim como aos eventuais visitantes deste Blogue.Para todos um abraço do Amigo e Camarada,
Botelho